03 set

O Sistema Energético de Goiás

O Estado de Goiás enfrenta atualmente uma das piores crises de abastecimento de energia elétrica de sua história. Desde a sua criação, o Estado sempre fora relegado a segundo plano no desenvolvimento da indústria por diversos motivos. Um deles é a sua localização geográfica, o que dificulta as exportações, e também pela guerra fiscal que por anos beneficiou os estados de economias mais desenvolvidas como São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Entretanto um dos principais motivos que reduzem sua capacidade de crescimento atualmente é a restrição quanto ao abastecimento energia elétrica.

ImagemA Companhia Energética de Goiás, CELG, concessionária local, que detém mais de 90% da distribuição de energia elétrica, está com grandes dificuldades financeiras e devido a negociações mal sucedidas com o governo federal não consegue dinheiro que viabilize o investimento necessário para a melhoria no sistema elétrico existente e menos ainda, para a ampliação na oferta de energia elétrica.

Recentemente foi divulgado pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, agência reguladora do sistema elétrico nacional, que as concessionárias do Brasil devolveram aos consumidores o valor de R$ 346 milhões em compensações por interrupções no fornecimento de energia elétrica em 2013. Estas compensações referem-se a indenizações que são pagas aos consumidores quando as distribuidoras de energia violam os limites estabelecidos pela Aneel para as interrupções no fornecimento de energia.
A concessionária que mais gastou com compensações aos consumidores no ano passado foi a Celg (GO), com um valor total de R$ 55,7 milhões. Em seguida aparecem a Light (RJ), com R$ 45,5 milhões, a Coelba (BA), que devolveu R$ 24,5 milhões, a Cemig (MG), que compensou R$ 24,2 milhões, e a Cemat (MT) com um valor total de R$ 19 milhões.

Em um seminário sobre o DAIA, Distrito Agro Industrial de Anápolis, foi apresentada uma pesquisa que colocou, as falhas no suprimento de energia como o segundo maior problema enfrentado no DAIA, perdendo apenas para o congestionamento de veículos no acesso ao Distrito.

Maiores problemas enfrentados no Daia

De forma estimulada, considerando os problemas apresentados no Daia, os entrevistados elegeram as deficiências de maior gravidade e que mais causavam impacto nas empresas. Foram eles:

  • Congestionamento de veículos no acesso ao Daia (64%)
  • Falhas no suprimento de energia (53%)
  • Insuficiência de transporte coletivo de acesso ao Daia (36%)
  • Falta de regularização da situação e equacionamento do valor cobrado do IPTU para as indústrias instaladas no distrito, com a devida contrapartida em serviços (26%)
  • Deficiência no tratamento de esgoto (23%)

OBS: a questão admitiu mais de uma resposta

Ainda no seminário foi apresentada uma pauta específica sobre a CELG.

Problema

Energia: O suprimento de energia, em quantidade e qualidade, é uma das mais relevantes preocupações dos empresários estabelecidos no Daia. Em alguns casos, empresas que estão ampliando suas plantas produtivas têm de recorrer à instalação de grupos geradores. Há preocupação sobre a suficiência da produção para atender às demandas atuais e futuras do distrito, uma vez que há muitos projetos de novas indústrias e ampliações. Assim, tal questão requer um atendimento por parte das autoridades competentes com a maior urgência.

Solução

O diretor de Planejamento e Expansão da Celg, Humberto Eustáquio Tavares Corrêa, apresentou a seguinte resposta aos empresários:

- O diretor anunciou que até 2016 a Celg dobrará a capacidade de suprimento de energia no Daia. Isso decorrerá de investimento em nova subestação, transferirá da subestação do Daia para outras o fornecimento de energia para os municípios de Leopoldo de Bulhões e Goianápolis e com parcerias com indústrias do Daia para melhorar a infraestrutura de distribuição de energia.

Alguns investimentos são realidade para a região, a exemplo de licitação feita para melhoria do sistema com instalação de religadores automáticos automáticos operados a distância. A Licitação já está em processo de homologação uma vez que uma terceirizada foi vencedora no certame licitatório. Entretanto a velocidade dos trâmites burocráticos emperram o andamento na solução necessária, trazendo mais um entrave para o atendimento das necessidades de crescimento da indústria do estado.

Em reportagem postada na internet, o portal g1.globo comenta que o processo é urgente e afeta sobremaneira o agronegócio. Basta uma pequena pesquisa na internet, sobre energia elétrica no Estado de Goiás, e podemos observar problemas de abastecimento na região de Cristalina – Goiás, onde os agricultores da região querem aumentar os investimentos nas propriedades, mas esbarram em um problema constante na região: a falta de energia elétrica. As linhas de transmissão atuais estão sobrecarregadas.

“Os produtores querem aumentar a área irrigada, mas a empresa que fornece a energia elétrica para mover os pivôs não tem dado conta de atender a demanda. O resultado são produtores de mãos atadas.”

O produtor Renato Sorgatto reclama ainda que o serviço oferecido pela Companhia Energética de Goiás (Celg) não é confiável. Vira e mexe os consumidores ficam sem energia, por isso, quando começou a montar a fábrica, Renato comprou dois geradores movidos a óleo diesel, que custaram R$ 1 milhão.

Em nota, a Celg, diz que dois novos circuitos de energia, entre Luiziânia e Cristalina, estarão prontos em janeiro. Segundo a empresa, as obras não foram terminadas antes por causa de problemas nas licitações.

Situação parecida acontece também em Rio Verde, outra fronteira agrícola do estado.

Dadas estas situações, nós os prestadores de serviço também sofremos as consequências destas dificuldades. Observamos atitudes corretas e outras nem tanto, no sentido de resolver problemas. Convivemos na CELG com profissionais engajados na tentativa de conduzir a empresa para uma situação mais favorável, mas verificamos também amarras políticas, legais e burocráticas que impedem a verdadeira evolução da empresa.

Contudo, temos que lembrar que a CELG é um órgão do governo, portanto é da sociedade e, além disso, o seu dever social tem a finalidade para a qual foi criada que é fornecer energia para a população. Cabe a cada cidadão ter a responsabilidade de cobrar ações, que envolvem também os três poderes, uma atuação que resolva o problema. Aliado a isto devemos ter a atitude de economizar individualmente toda energia desperdiçada para que possamos gerar o crescimento que nosso Estado merece.

A COMAR nas suas atribuições de prestadora de serviço, se faz solidária á comunidade, buscando auxiliar na solução dos problemas energéticos do nosso Estado.

A COMAR  está entre as empresas parceiras da CELG nesta missão e se coloca a disposição para execução das obras necessárias trazendo uma melhor condição no crescimento para que haja investimentos em Goiás

Autor: Edson Rezende da Mota – Bacharel em Sistemas de Informação e Eletrotécnico

Referências:
http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2014/05/19/internas_economia,530451/brasileiros-recebem-mais-de-100-milhoes-de-indenizacoes-por-falta-de-energia.shtml
http://www.cepa.sectec.go.gov.br/2014/O 06/5747/
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2014/06/agricultura-e-pecuaria-leiteira-sofrem-com-falta-de-energia-eletrica-em-go.html

 

 

 

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